Caros amigos,
Esta é uma instrução
dos amigos espirituais intitulada O Homem no Mundo, contida em O Evangelho Segundo o Espiritismo.
Muitos jovens ficam
com dúvidas sobre qual comportamento seguir diante dos muitos caminhos do mundo.
Nesta mensagem, encontraremos algumas reflexões que nos ajudarão a discernir
melhor nos momentos de escolha.
Vale a pena a leitura!
O HOMEM NO MUNDO
10. Um sentimento de
piedade deve sempre animar o coração dos que se reúnem sob as vistas do Senhor
e imploram a assistência dos bons Espíritos. Então, purifiquem os corações; não
deixem que neles demore qualquer pensamento mundano ou fútil. Elevem o espírito
até aqueles por quem chamam, a fim de que, encontrando em vocês as necessárias
disposições, possam lançar em abundância a semente que é preciso que germine em
suas almas e dê frutos de caridade e justiça.
Todavia, não julguem
que, exortando-se à prece e à evocação mental sem parar, pretendamos que vivam
uma vida mística, que se conserve fora das leis da sociedade onde estão
condenados a viver. Não; vivam com os homens da sua época, como devem viver os
homens. Sacrifiquem às necessidades, mesmo às frivolidades do dia, mas
sacrifiquem com um sentimento de pureza que as possa santificar.
São chamados a estar
em contato com Espíritos de naturezas diferentes, de caracteres opostos: não
choquem a nenhum daqueles com quem estiverem. Sejam joviais, sejam alegres, mas
que sua jovialidade seja a que vem de uma consciência limpa, que a sua ventura
seja a do herdeiro do Céu que conta os dias que faltam para entrar na posse da
sua herança.
A virtude não consiste
em assumirem aspecto severo e triste, em repelirem os prazeres que as suas
condições humanas os permitem. Basta que voltem todos os atos da sua vida ao
Criador que a deu a vocês; basta que, quando começarem ou acabarem uma obra,
elevem o pensamento a esse Criador e Lhe peçam, num voo d’alma, ou a Sua
proteção para que obtenham êxito, ou a Sua bênção para ela, se a concluíram. Em
tudo o que fizerem, voltem à Fonte de todas as coisas, para que nenhuma de suas
ações deixe de ser purificada e santificada pela lembrança de Deus.
Como disse o Cristo, a
perfeição está toda na prática da caridade absoluta; mas, os deveres da
caridade alcançam todas as posições sociais, desde o menor até o maior. Nenhuma
caridade teria a praticar o homem que vivesse isolado. Unicamente no contato
com os seus semelhantes, nas lutas mais árduas é que ele encontra ensejo de
praticá-la. Aquele, pois, que se isola priva-se voluntariamente do mais
poderoso meio de aperfeiçoar-se; não tendo de pensar senão em si, sua vida é a
de um egoísta (Cap. V, n° 26).
Portanto, não pensem
que, para viverem em comunicação constante conosco, para viverem sob as vistas
do Senhor, seja preciso que se martirizem e se cubram de cinzas. Não, não,
ainda uma vez dizemos. Sejam ditosos, segundo as necessidades da Humanidade;
mas, que jamais na sua felicidade entre um pensamento ou um ato que o possa
ofender, ou fazer se vele o semblante dos que os amam e dirigem. Deus é amor, e
abençoa aqueles que amam santamente.
Um Espírito Protetor
(Bordéus, 1863)
O Evangelho Segundo o Espiritismo – Cap. XVII Sede
perfeitos
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