A pulga
Entusiasmada com a revelação que lhe fora feita por um médium, a senhora comentou:
– Chico, recebi uma notícia maravilhosa!
– O que foi, minha irmã?
– Minha identidade nos tempos apostólicos!
– Beleza!
– Fui mártir. Estive no Circo Romano. Morri devorada por um leão!
Ante a admiração do médium, perguntou:
– E você, Chico, já sabe quem foi?
– Ah! minha irmã, sei sim…
– E daí? Estou curiosa…
– Fui a pulga do leão.
Mesmo sem procurar por revelações, podemos ter uma idéia do que fomos, analisando nossas tendências, nossa maneira de ser.
Mas, é preciso cuidado para não interpretar de forma equivocada os sinais.
Alguns exemplos:
• Gostar de roupas elegantes e caras.
Suposição: dama da realeza.
Realidade: costureira.
• Apreciar finas iguarias.
Suposição: rico e refinado gourmet.
Realidade: cozinheiro.
• Estimar a solidão.
Suposição: filósofo.
Realidade: longo e solitário estágio no Umbral.
• Apreciar viagens.
Suposição: desbravador de terras novas.
Realidade: caixeiro-viajante.
• Amor à primeira vista.
Suposição: reencontro com alma gêmea.
Realidade: paixão delirante.
Mais interessante deixar o terreno das suposições e encarar a realidade.
Se Chico dizia-se a pulga do leão, é bem provável que tenhamos sido um Dipylidium caninum, o verme da pulga.
Fonte: Rindo e Refletindo com Chico Xavier de Richard Simonetti
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