Justiça das aflições
Que a paz do Mestre esteja conosco!
O tema da XXV Semana Espírita de Coronel Fabriciano propõe reflexões sobre as aflições e as consolações.
A palestra desta noite, que será proferida por Ana Bastos, de Caratinga; tem o subtema: Justiça das Aflições.
Assim,
compartilhamos com vocês este trecho muito consolador, que inspirará a palestra da noite. O texto foi retirado de O Evangelho Segundo o
Espiritismo!
Boa leitura!
JUSTIÇA DAS AFLIÇÕES
1.
Bem-aventurados os que choram, pois que serão consolados. – Bem-aventurados os
famintos e os sequiosos de justiça, pois que serão saciados. – Bem-aventurados
os que sofrem perseguição pela justiça, pois que é deles o reino dos céus. (S.
MATEUS, 5:4, 6 e 10.)
2.
Bem-aventurados vós, que sois pobres, porque vosso é o reino dos céus. –
Bem-aventurados vós, que agora tendes fome, porque sereis saciados. – Ditosos
sois, vós que agora chorais, porque rireis. (S. LUCAS, 6:20 e 21.)
Mas,
ai de vós, ricos! que tendes no mundo a vossa consolação. – Ai de vós que
estais saciados, porque tereis fome. – Ai de vós que agora rides, porque sereis
constrangidos a gemer e a chorar. (S. LUCAS, 6:24 e 25.)
3. Somente na vida futura podem efetivar-se as compensações que
Jesus promete aos aflitos da Terra. Sem a certeza do futuro, estas máximas
seriam um contra-senso; mais ainda: seriam um engodo. Mesmo com essa certeza,
dificilmente se compreende a conveniência de sofrer para ser feliz. É, dizem,
para se ter maior mérito. Mas, então, pergunta-se: por que sofrem uns mais do
que outros? Por que nascem uns na miséria e outros na opulência, sem coisa
alguma haverem feito que justifique essas posições? Por que uns nada conseguem,
ao passo que a outros tudo parece sorrir? Todavia, o que ainda menos se
compreende é que os bens e os males sejam tão desigualmente repartidos entre o
vício e a virtude; e que os homens virtuosos sofram, ao lado dos maus que
prosperam. A fé no futuro pode consolar e infundir paciência, mas não explica
essas anomalias, que parecem desmentir a justiça de Deus. Entretanto, desde que
admita a existência de Deus, ninguém o pode conceber sem o infinito das
perfeições. Ele necessariamente tem todo o poder, toda a justiça, toda a
bondade, sem o que não seria Deus. Se é soberanamente bom e justo, não pode agir
caprichosamente, nem com parcialidade. Logo, as vicissitudes da vida derivam de uma causa e,
pois que Deus é justo, justa há de ser essa causa. Isso o de que cada um deve
bem compenetrar-se. Por meio dos ensinos de Jesus, Deus pôs os homens na
direção dessa causa, e hoje, julgando- os suficientemente maduros para
compreendê-la, lhes revela completamente a aludida causa, por meio do Espiritismo,
isto é, pela palavra dos Espíritos.
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