CONVITE À JOVIALIDADE
“Se sabeis estas
cousas, bem-aventurados sois se as praticardes.”
(João 13:17)
A palavra áspera
aqui e o conceito azedo ali consubstanciam a aura do desagrado.
O cenho carrancudo
em regime de continuidade, deformando a aparência da face, materializa a expressão
do tormento íntimo.
A habitual
constrição facial, exteriorizando desagrado, produz a possibilidade negativa
do intercâmbio fraterno...
Eles passam, os
atormentados de toda característica, assinalados pelas marcas fundas dos
dramas que ressumam dos painéis perispirituais, gerando deformidades que
exteriorizam, desagradáveis.
Indispensável
cultivar a jovialidade em qualquer esfera de ação mormente nas tarefas do
Cristianismo Redivivo.
Movimentar o bem
como quem suporta pesado fardo, significa desfigurar o próprio bem.
Ensinar alegria e
confiança entre asperezas, carrancas e severidade para com os outros e sistemática
de antipatia representa enunciar palavras belas e viver paisagens sombrias.
Como um semblante
vulgarizado por um sorriso de idiotia representa um espírito agrilhoado à expiação,
a dureza da face, o verbo cortante constituem as armas de insidiosa
enfermidade espiritual.
Jovialidade,
portanto.
Um espírito
agradável a reproduzir-se numa face amena, não obstante as sombras e as
lágrimas que, por vezes, expressam os impositivos da evolução pela dor,
gerando simpatia e afabilidade.
Cismando,
porém, ameno, carregando a Cruz, todavia, tranqüilo, azorragado e humilhado
até à extrema e mísera posição, Jesus manteve o alto padrão da jovialidade, em
tal monta que mesmo em agonia amenizou as circunstâncias que exornavam a tarde
de hediondez para cantar esperanças aos acompanhantes infelizes, acenando-lhes
com a promessa do Paraíso, e bordando-lhes a noite pesada em que padeciam
intimamente com as estrelas excelsas da paz ditosa.
Do livro Convites da vida de Joanna de Angelis
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