Como toda segunda, hoje é dia de refletir sobre o Esperanto.
Hoje trazemos um texto reflexivo que nos fala da missão que a língua internacional se propõe.
O texto de Emmanuel nos esclarece que o Esperanto veio para auxiliar na fraternidade e na comunicação entre os povos.
Segue então, nosso convite para que todos estudem e aprendam o Esperanto!
Bons estudos...
A missão do Esperanto
No cômputo das transformações por que passa o mundo, não são poucos os núcleos de organização espiritual que se instalam na Terra com vistas ao porvir da Humanidade. Se por toda a parte observamos o esboroamento das obras humanas, a fim de que se renove o caminho da civilização, contemplamos também as atividades do exército de operários dasedificações do futuro, como se fossem construtores de um mundo novo, dispersos nas estradas terrestres, mas procurando ajustar suas diretrizes. São esses, sim, os artífices do progresso divino. Empunham o alvião formidável da fé, acima de tudo, n’Aquele que é a luz dos nossos destinos. No acervo desse aparelhamento de energias renovadoras, objetivando o vindouro milênio, quero referir-me ao Esperanto, abraçando fraternalmente o nosso irmão que se constituiu pregoeiro sincero da sua causa, obedecendo ao determinismo divino das tarefas recebidas nas luzes do plano espiritual.
Jesus afirmava não ter vindo ao Planeta
para destruir a Lei, como o Espiritismo, na sua feição de Consolador,
não surgiu para eliminar as religiões existentes. O Mestre vinha cumprir
os princípios da Lei, como a doutrina consoladora vem para a
restauração da Verdade, reconduzindo a esperança aos corações, nesta
hora torva do mundo, em que todos os valores morais do Orbe periclitam
nos seus fundamentos, assaltados pelas doutrinas da violência que
embriagaram o cérebro da civilização atual, qual veneno amargo a
destruir as energias de um corpo envelhecido.
Também o Esperanto, amigos, não vem
destruir as línguas utilizadas no mundo para o intercâmbio dos
pensamentos. A sua missão é superior, é da união e da fraternidade rumo à
unidade universalista. Seus princípios são os da concórdia e seus
apóstolos são igualmente companheiros de quantos se sacrificaram pelo
ideal divino da solidariedade humana, nessas ou naquelas circunstâncias.
A língua auxiliar é um dos mais fortes brados pela fraternidade, que ainda se ouve nesse Planeta empobrecido de valores espirituais, neste instante de isolacionismo, de autarquia, de egoísmo e de nacionalismo adulterado.
O exemplo da Europa moderna nos faculta
uma ideia dessa penosa situação. Todos os povos têm seus advogados
entusiastas que, com orações ardorosas, justificam esta ou aquela medida
de seus governos. As nações são grandes tribunas onde cada um fala se
si mesmo, humilhando ou conquistando o que é de seu irmão. Cada um
aplaude todo crime político, desde que seja praticado dentro de suas
fronteiras. Entretanto, a grande Europa, essa entidade maternal e
sublime, que cooperou para o aperfeiçoamento da Humanidade, que instruiu
e educou, elevando o espírito do mundo, essa não tem advogados, não
dispõe de uma voz que externe os gemidos de seu coração dilacerado,
porque as fronteiras lhe dividiram todos os seus filhos, estabelecendo
separações de areia e aço, transformando-a num deserto triste de
corações, onde não existe a fonte de amor para reconfortar as almas.
Sim, nesta hora o Esperanto é uma força
que atua para a união e a harmonia, com o facilitar que se estabeleça a
permuta dos valores universais do pensamento, em forma universalista.
Sonho? Propaganda só de palavras? Novo movimento para criar um interesse
econômico? Todas essas suposições poderão ser formuladas pelos
espíritos desprevenidos; mas, somente pelos desprevenidos, que aguardam a
adesão geral, para comodamente expressarem suas preferências. Os que,
porém, buscam a luz da sinceridade para o exame de todos os assuntos,
saberão encontrar, no movimento esperantista, essa claridade reveladora
que, em realizações sagradas, desde agora, esclarecerá, mais tarde, as
ideias do mundo, fazendo ressaltar a nobreza dos seus princípios,
orientados por aquela fraternidade que nasce do pensamento divino de
Jesus, para todas as obras da evolução humana.
Sim, o Esperanto é lição de
fraternidade. Aprendamo-la, para sondar, na Terra, o pensamento daqueles
que sofrem e trabalham noutros campos. Com muita propriedade digo:
“aprendamo-la”, porque somos também companheiros vossos que, havendo
conquistado a expressão universal do pensamento, vos desejamos o mesmo
bem espiritual, de modo a organizarmos, na Terra, os melhores movimentos
de unificação.
Deus é venerado pelos homens através de
numerosas línguas, de que se servem as seitas e as religiões, todas
tendendo para o maravilhoso plano da unidade essencial. Copiemos esse
esforço sábio da natureza divina e marchemos para a síntese da
expressão, malgrado a diversidade dos processos com que exprimem os
pensamentos.
Todo esse esforço é de fraternidade
legítima e, rogando a Jesus que abençoe os trabalhos e as esperanças de
nosso irmão presente, que lhe santifique os esforços e os de seus
companheiros na tarefa que lhes foi deferida pelas forças espirituais,
deixo-vos a todos vós os meus votos de paz, aguardando para todos nós,
discípulos humildes do Cristo, a bênção reconfortante de seu amor.
(Mensagem psicografada por Francisco Cândido Xavier na cidade de Pedro Leopoldo (MG), em 19 de janeiro de 1940, durante uma sessão em que estava presente Ismael Gomes Braga, o grande pioneiro espírita-esperantista do Brasil.)
Emmanuel
Fonte: FEB
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