NA PROPAGANDA DA FÉ
Pergunta 361 – Na propaganda da fé, é justo que os espíritas ou os
médiuns estejam preocupados em converter aos princípios da Doutrina os homens
de posição destacada no mundo, como os juízes, os médicos, os professores, os
literatos, os políticos, etc.?
Os espiritistas cristãos devem
pensar muito na iluminação de si mesmos, antes de qualquer prurido, no intuito
de converter os outros.
E, ao tratar-se dos homens
destacados no convencionalismo terrestre, esse cuidado deve ser ainda maior,
porquanto há no mundo um conceito soberano de “força” para todas as criaturas
que se encontram nos embates espirituais para a obtenção dos títulos de
progresso. Essa “força” viverá entre os homens até que as almas humanas se
compenetrem da necessidade do reino de Jesus em seu coração, trabalhando por
sua realização plena. Os homens do poder temporal, com exceções, muitas vezes
aceitam somente os postulados que a “força” sanciona ou os princípios com que a
mesma concorda. Enceguecidos temporariamente pelos véus da vaidade e da
fantasia, que a “força” lhes proporciona, faz-se mister deixa-los em liberdade
nas suas experiências. Dia virá em que brilharão na Terra os eternos direitos
da verdade e do bem, anulando essa “força” transitória. Ainda aqui, tendes o
exemplo do Divino Mestre para todos os tempos, não teve a preocupação de
converter ao Evangelho os Pilatos e os Ántipas do seu tempo.
Além do mais, o Espiritismo, na
sua feição de Cristianismo redivivo, não deve nutrir a pretensão de disputar um
lugar no banquete dos Estados do mundo, quando sabe muito bem que a sua missão
divina há de cumprir-se junto das almas, nos legítimos fundamentos do Reino de
Jesus.
De Emmanuel , no livro “O CONSOLADOR
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