O
LIVRO DOS ESPÍRITOS – 159 ANOS
Há
exatos 159 anos, era publicada a primeira das cinco obras
básicas do Espiritismo. O “Livro dos Espíritos”.
Por Hippolyte Léon Denizard Rivail, que possuía o pseudônimo de Allan Kardec,
influente pedagogo, autor e tradutor que se dedicou ao estudo de fenômenos
espirituais na França, durante o século XIX.
A obra em questão repercutiu em sua época,
seu lançamento ocorreu de forma dividida, a primeira edição era formatada em
três partes, “Doutrina Espírita”, “Leis Morais” e “Esperanças e Consolações”.
Já a segunda, com origem em março do ano de 1860 apresentou questões feitas aos
espíritos de hierarquia elevada, compromissados com o progresso terreno,
dividida em duas partes “Causas Primeiras” e “Mundo Espiritual”.
Apresenta perguntas, respostas e
comentários de forma simples, didática e acessível. Reúne a essência dos
ensinamentos da doutrina espírita. É instrumento de constante estudo, seja por
pesquisadores, espíritas, simpatizantes, curiosos ou aquele que procura
respostas para as inúmeras dúvidas da existência.
Fruto de críticas e reprovações, mas
também de elogios e admiração, a obra se perpetuou por gerações. Com conteúdo
vasto e riquíssimo, Allan Kardec elaborou um estudo filosófico, abordando temas
variados, contando com a participação de diferentes médiuns, submetidos a
métodos rigorosos de veracidade e comprometimento.
Essa união resultou na elaboração dos
primeiros ditames da doutrina que norteava a origem, caminho e destino dos
espíritos. Basicamente podemos extrair os seguintes ensinamentos: existência de
Deus, a imortalidade da alma, evolução espiritual através da encarnação e a
necessidade da prática do amor ao próximo.
Os métodos para a publicação envolveram
diversos médiuns idôneos, o zelo do codificador em apurar a veracidade das
informações repassadas, seu bom senso e também, desde o início, a sua
preocupação pelo cumprimento da missão direcionada, ilustrada pela pergunta: “E
se eu fracassar?”, momento em que o espírito da verdade responde: “Outro te
substituíra, por que as determinações divinas não podem depender de um homem”.
Incontestável o fato de que o “Livro dos
Espíritos” constitui-se no elo da fé para com a razão. Capaz de ser confrontado
em qualquer época, mantem-se inabalável e coerente frente a diversos
questionamentos.
Neste sentido, apreciando o conjunto, temo
o fato de que não devemos deixar de apreciar riquíssimo instrumento divino,
produzido por homens compromissados, que auxiliam na elucidação das dúvidas
terrenas, bem como efetivamente colaboram para o avanço moral da espécie
humana.
Espíritas, agradeçamos primeiramente a
Deus, soberanamente justo e bom, causa primária de todas as coisas, e aos
nossos irmãos que enfrentaram adversidades políticas, sociais, filosóficas e
religiosas para apresentar-nos o primeiro passo da caminhada evolutiva. Pois
como prometido por Jesus, o consolador foi enviado. E encontrou na dedicação de
Kardec o alicerce para sua materialização e divulgação.
Assim, façamos bom uso, não nos esquecendo
de perpetuar seus ditames em ações que contribuam para a amenização de dores
próprias, bem como, daqueles que se encontram em provas maiores do que as
nossas.
Que Deus nos abençoe.
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