Caridade
da paz
Bem-aventurados
os pacificadores porque eles serão chamados filhos de Deus... (Mateus, 5:9)
Um tipo de beneficência ao alcance de
todos e que não se deve esquecer — ocultar os próprios aborrecimentos, a fim de
auxiliar.
***
É provável hajas iniciado o dia, sob
a intromissão de contratempos que te espancaram a alma. À vista disso, se
exibes a figura da mágoa, na palavra ou na face, ei-la que se expande, à feição
de tóxico mental, atacando a todos os que se deixem contagiar.
E qual acontece, quando a poeira
grossa te invade o reduto doméstico, obrigando-te à recuperação e limpeza, após
te desequilibrares em aspereza e irritação, reconhece-te no dever te reparar os
danos havidos, despendendo força e diligência em solicitar desculpas e refazer
os próprios brios, aqui e ali, como quem se empenha a suprimir os remanescentes
de laboriosa faxina.
Se te alteias, no entanto, acima de
desgostos e inquietações, mantendo tranqüilidade e bom ânimo, para logo a tua
mensagem de otimismo e renovação prossegue adiante, de modo a espalhar bênçãos
e criar energias angariando-te simpatia e cooperação.
***
Os estados negativos da mente, como
sejam tristeza e azedume, angústia ou inconformidade, constituem sombras que o
entendimento e a bondade são chamados a dissipar.
Recordemos o donativo da paz que a
todos nos compete distribuir, a benefício dos outros, evitando solenizar
obstáculos e conflitos, aflições ou desencantos, que nos surpreendem a marcha.
E permaneçamos claramente informados de que a única fórmula para o exercício
dessa beneficência da paz, em louvor de nossa própria segurança, será sempre esquecer
o mal e fazer o bem, porquanto em verdade, tão-somente a criatura consagrada a
trabalhar, servindo ao próximo, não dispõe de recursos para entendiar-se e nem encontra
tempo para ser infeliz.
Livro: Segue-me de Emmanuel, psicografia de Francisco
Cândido Xavier. Cap. 68.
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