Seja bem-vindo ao nosso blog.

Este é o nosso canal de comunicação!

Qualquer dúvida, contribuição, sugestão ou crítica, escreva-nos: juventude_espirita@hotmail.com


quarta-feira, 20 de março de 2013

O objetivo de O Evangelho Segundo o Espiritismo

Olá amigos!

hoje vamos refletir sobre um dos livros da Codificação Espírita, livro onde Kardec e a espiritualidade refletem sobre as máximas evangélicas de Cristo!

Mas você já se perguntou o que tem neste livro? E porque o livro não contém toda a Bíblia?
Já parou para pensar como Kardec selecionou as passagens para serem estudadas no livro?
Qual é o objetivo desta obra?

As respostas se encontram logo no início do livro, no capítulo Introdução!
E aí, você já leu a Introdução de O Evangelho Segundo o Espiritismo? 

Não?! A oportunidade é agora então!
Se sim, vale a pena reler e refletir mais uma vez...

Segue abaixo...

Abraços fraternos e bom estudos!




Introdução de O Evangelho Segundo o Espiritismo

Podemos dividir em cinco partes as matérias contidas nos Evangelhos: os atos comuns da vida do Cristo; os milagres; as predições; as palavras que foram tomadas pela Igreja para fundamento de seus dogmas; e o ensino moral. As quatro primeiras têm sido objeto de controvérsias; porém a última, esta se conservou constantemente inatacável. Diante desse código divino, a própria incredulidade se curva. É terreno onde todos os cultos podem se reunir, bandeira sob o qual todos podem se colocar — quaisquer que sejam suas crenças — pois jamais ele foi matéria das disputas religiosas, que sempre e por toda a parte se originaram das questões dogmáticas. Aliás, se as seitas discutissem o ensino moral do Evangelho, nisso elas teriam encontrado sua própria condenação, visto que, na maioria, as religiões se agarram mais à parte mística do que à parte moral, que exige de cada um a reforma de si mesmo. Para os homens, em particular, aquele código é uma regra de proceder que abrange todas as circunstâncias da vida privada e da vida pública, o princípio básico de todas as relações sociais que se fundam na mais rigorosa justiça. É, finalmente e acima de tudo, o roteiro infalível para a felicidade futura, o levantamento de uma ponta do véu que nos esconde a vida que virá. Essa parte é a que será objeto exclusivo desta obra.

Tudo mundo admira a moral evangélica; todos lhe proclamam a sublimidade e a necessidade; muitos, porém, assim se pronunciam por fé, confiados no que ouviram dizer, ou firmados em certos provérbios que se tornaram comuns. No entanto, poucos a conhecem a fundo e menos ainda são os que a compreendem e lhe sabem deduzir as consequências. A razão maior está na dificuldade que o entendimento do Evangelho apresenta que, para o maior número dos seus leitores, é incompreensível. A forma alegórica e o intencional misticismo da linguagem fazem que a maioria o leia por alívio de consciência e por dever, como leem as preces, sem as entender, isto é, sem proveito. Passam-lhes despercebidos os ditados morais, espalhados aqui e ali, intercalados na massa das narrativas. Então, é impossível de se apanhar seu conjunto e tomá-los para objeto de leitura e meditações especiais.

É certo que muito já foi escrito de moral evangélica; mas, o arranjo em moderno estilo literário lhe tira a simplicidade natural que, ao mesmo tempo, lhe constitui o encanto e a autenticidade. Outro tanto cabe dizer-se das máximas destacadas e reduzidas à sua mais simples expressão proverbial. Desde logo, já não passam de resumos, privados de uma parte do seu valor e interesse, pela ausência dos acessórios e das circunstâncias em que foram enunciadas.

Para prevenir esses inconvenientes, reunimos nesta obra os artigos que podem compor, a bem dizer, um código de moral universal, sem distinção de culto. Nas citações, conservamos o que é útil ao desenvolvimento da ideia, pondo de lado unicamente o que se não prende ao assunto. Além disso, respeitamos escrupulosamente a tradução de Sacy, assim como a divisão em versículos. Contudo, em vez de nos prendermos a uma ordem cronológica impossível e sem vantagem real para o caso, grupamos e classificamos metodicamente as máximas, segundo as respectivas naturezas, de modo que decorram umas das outras, tanto quanto possível. A indicação dos números de ordem dos capítulos e dos versículos permite se recorra à classificação vulgar, em sendo oportuno.

Esse, entretanto, seria um trabalho material que, por si só, apenas teria utilidade secundária. O essencial era colocá-lo ao alcance de todos, mediante a explicação das passagens obscuras e o desdobramento de todas as consequências, tendo em vista a aplicação dos ensinos a todas as condições da vida. Foi o que tentamos fazer, com a ajuda dos bons Espíritos que nos assistem.

Muitos pontos dos Evangelhos, da Bíblia e dos autores religiosos em geral só são incompreensíveis, alguns até parecendo irracionais, por falta da chave que permita que se apreenda seu verdadeiro sentido. Essa chave está completa no Espiritismo, como já o puderam reconhecer os que o têm estudado seriamente e como todos, mais tarde, ainda melhor o reconhecerão. O Espiritismo se acha por toda a parte na antiguidade e nas diferentes épocas da Humanidade. Por toda a parte se lhe descobrem os vestígios: nos escritos, nas crenças e nos monumentos. Essa a razão por que, ao mesmo tempo em que rasga horizontes novos para o futuro, projeta luz não menos viva sobre os mistérios do passado.

Como complemento de cada ensinamento, acrescentamos algumas instruções escolhidas, dentre as que os Espíritos ditaram em vários países e por diferentes médiuns. Se elas fossem tiradas de uma fonte única, talvez tivesse sofrido uma influência pessoal ou a do meio, enquanto a diversidade de origens prova que os Espíritos dão indistintamente seus ensinos e que ninguém a esse respeito goza de qualquer privilégio.

Esta obra é para uso de todos. Dela podem todos buscar os meios de confortar com a moral do Cristo o respectivo proceder. Aos espíritas oferece aplicações que lhes pertencem de modo especial. Graças às relações estabelecidas, doravante e permanentemente, entre os homens e o mundo invisível, a lei evangélica, que os próprios Espíritos ensinaram a todas as nações, já não será letra morta, porque cada um a compreenderá e se verá incessantemente compelido a colocá-la em prática, a conselho de seus guias espirituais. As instruções que vêm dos Espíritos são verdadeiramente as vozes do céu que vêm esclarecer os homens e convidá-los à prática do Evangelho.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Ei aí? Que você achou? Comente aqui!