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quarta-feira, 29 de março de 2017

O adolescente na busca da identidade, Joanna de Angelis



O adolescente na busca da identidade


Reencarnando‐se, para reparar os erros e edificar o bem em si mesmo, o Espírito atinge a adolescência orgânica, vivenciando o transformar de energias e hormônios sutis quão poderosos, que o despertam para as manifestações do sexo, mas também para as aspirações idealistas, desenvolvendo a busca da própria identidade.

Carregando a soma das personalidades vividas em outras reencarnações, a sua identificação com o mundo atual demanda tempo e amadurecimento, mediante os quais pode aquilatar quem realmente é e o que legitimamente deseja.

Não tendo o discernimento ainda para eleger o que é melhor, quase sempre se entrega à busca do mais imediato, porque mais simples, procurando acomodar‐se às manifestações fisiológicas do comer, dormir, praticar sexo, vencer o tempo sem grande esforço. Trata‐se de um atavismo pernicioso, que deve ser melhor direcionado, a fim de que seja descoberta a finalidade da existência e como alcançar esse patamar que o aguarda.

Se o lar oferece segurança afetiva e compreensão, o adolescente tem facilidade para selecionar os valores e aceitar aqueles que lhe são mais favoráveis para o progresso. Todavia, se o grupo familiar é traumatizante, foge para comportamentos oportunistas, que parecem afugentar as mágoas e libertá‐lo do cárcere doméstico.

A busca da identidade no adolescente é demorada, qual ocorre com o indivíduo em si mesmo, prolongando‐se pelo período da razão, amadurecimento e velhice. Por isso mesmo, nem sempre a avançada idade biológica é sinônimo de sabedoria, de equilíbrio. Jovens há, maduros, enquanto idosos existem que permanecem aprisionados na criança caprichosa e renitente da infância não ultrapassada.

De um lado, existe o interesse familiar, que trabalha para o melhor do educando, mas por outra parte se encontra o grupo social, nem sempre equilibrado, na Escola, no Clube, na rua, no trabalho, conspirando contra as atitudes saudáveis que se deseja oferecer e que naturalmente atraem o adolescente, porque ele gosta de ser igual aos demais, não chamar a atenção, ou quando, em conflito, quer destacar‐se, exibir‐se, exatamente porque vive inseguro, experimenta dramas, que mascara sob a desfaçatez, o cinismo aparente...

Invariavelmente o Espírito reencarna para dar prosseguimento a tarefas que ficaram interrompidas, e ressurgem nos painéis mentais como aspirações e tendências mais acentuadas. Outras vezes, no entanto, deve começar a experimentar atividades novas, mediante as quais progredirá no rumo da vida e de Deus.

Na fase da insegurança pela adolescência, toda a vigilância é necessária, de modo a auxiliar o jovem a encontrar‐se e a definir o seu ideal de vida, entregando‐se‐lhe confiante e rico de perseverança até conseguir a meta ambicionada.


Joana de Angelis, no livro Adolescência e Vida

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