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segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Bem-aventurados os Limpos de Coração - Mateus, 5:8



Bem-aventurados os Limpos de Coração

Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus.... (Mateus, 5:8)



Como se verifica pela leitura do Velho Testamento, os judeus eram extremamente meticulosos no que dizia respeito à limpeza, quer em sua vida privada, quer nas praticas cerimoniais de seu culto.

Preocupavam-se sobremaneira com toda e qualquer forma de contaminação exterior, cumprindo à risca as regras severíssimas estabelecidas pelo rabinismo quanto à alimentação e à vestimenta, assim como aos holocaustos ou sacrifícios oferecidos no templo.


O Levítico, livro das leis judaicas, chega ao exagero de proibir certos atos devocionais a quem apresenta deformidade, a saber: se for cego, coxo, de nariz pequeno, grande o torcido, se tiver quebrado o pé ou a mão, se for corcovado, se remeloso, se tiver belida no olho, se portador de sarna ou impigem... (21:27 a 20).

Jesus, todavia, longe de dar atenção a esse formalismo de somenos importância, conhecendo a incúria geral para como os verdadeiros mandamentos de Deus, indicou, mais de uma vez, a necessidade de curarmos, com maior empenho, as mazelas e sujidades de nosso íntimo, pois são estas que nos impedem a entrada no Reino dos Céus.

Assim, é que, a um fariseu, por quem fora convidado a jantar em sua companhia e que consigo fazia reparos por não ter Ele, o Mestre, lavado as mãos antes de sentar-se à mesa, disse sem rebuços: “Vos outros pondes grande cuidado em limpar o exterior do corpo e do prato. Entretanto, o interior de vossos corações está cheio de rapinas e de iniqüidade” – (Lucas, 11 37 a 39)

De outra feita, respondendo à mesma censura feita a seus discípulos, chamou o povo para perto de si e assim se expressou: “Escutai e compreendei bem isto; Não é o que entra na boca que macula o homem; o que lhe sai da boca é o que o macula. O que sai da boca procede do coração e é o que torna impuro o homem, porquanto do coração é que partem os maus pensamentos, os assassínios, os adultérios, as fornicações, os latrocínios, os falsos testemunhos, as blasfêmias e as maledicências. Essas são as coisas que tornam impuro o homem” – (Mateus, 15: 1 a 20).

Em nova oportunidade, como completando a elucidação desse ponto, ao perceber que seus discípulos procuravam afastar algumas crianças que lhe eram trazidas para que Ele as abençoasse, falou-lhe severamente: “Deixai que venham a mim as criancinhas e não as impeçais, porquanto o Reino dos Céus é para os que se lhe assemelham. Digo-vos, em verdade, que aquele que não receber o reino de Deus como uma criança, nele não entrará. (Mateus, 19 13 a 15 )

Deduz-se, pois, dos ensinos de Jesus, que impurezas de coração não significa apenas malicia e abuso dos prazeres sexuais, mas também a fatuidade, o orgulho, o interesse egoísta e outras falhas morais, cujas manchas são bem mais difíceis de remover do que aquelas existentes na superfície das coisas.

Dizendo que o Reino dos Céus é para os que se assemelham às crianças, quer com isso dar a entender que, enquanto não alijarmos de nós os pensamentos vulgares, a linguagem descuidada e as ações desonestas (no sentido mais amplo do termo), adquirindo a candura, a humildade e a simpleza personificadas na infância, não estaremos em condições de comparecer à presença de Deus.

Cuidemos, então, do refinamento de nossas idéias e maneiras, para que, um dia, ainda que longínquo, possamos ter a ventura de ver a Deus face a face! ( Mateus, 5.8)


Livro: O Sermão da Montanha de Rodolfo Calligares.


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