Seja bem-vindo ao nosso blog.

Este é o nosso canal de comunicação!

Qualquer dúvida, contribuição, sugestão ou crítica, escreva-nos: juventude_espirita@hotmail.com


segunda-feira, 16 de maio de 2016

Qual é o lugar do Esperanto no Espiritismo?



Qual é o lugar do Esperanto no Espiritismo?

LEONARDO CASSANHO FORSTER
 
A ideia do invisível como mais um entre os inúmeros atores que influenciam a realidade é algo familiar ao espírita que procura ler e entender as obras de Kardec e outros livros confiáveis da doutrina. Ele percebe que os cinco sentidos humanos são insuficientes para
revelar-lhe todos os fenômenos que o circundam e dançam ao seu redor, desde os mais lentos e suaves ritmos, aos mais frenéticos e descompassados ruídos, que, em diferentes e sutis frequências, permeiam todo o universo. É assim com os sons, é assim com as cores, odores etc. No entanto, ao observar alguns animais, logo percebe que, se estes, em alguns casos, dispõem dos mesmos instrumentos para perceber o mundo mais tangível, fazem-no com diferente sensibilidade, interpretando o espaço de forma diversa do ser humano.

Por esse motivo, ao lançar-se um olhar mais atento aos múltiplos aspectos dessa complexa realidade, que é a própria Criação, as aulas escolares de Física certamente são muito valiosas aos buscadores das verdades espirituais, os quais não descartam a importância da Ciência, procurando conciliá-la com o entendimento da fenomenologia espírita, uma vez que é do vocabulário fornecido pela escola terrena que nos valemos tantas vezes para explicar a relação entre encarnados e desencarnados. Basta procurarmos contabilizar quantas vezes em uma simples palestra em casa espírita ouvimos palavras como sintonia, frequência, magnetismo, atração, repulsão, vibração e fluido.

Não que o uso desses termos seja feito de forma literal, mas, ao respeitar-se o princípio a que se referem, fornece-se base ao entendimento a respeito daquilo que, embora seja muito real aos espíritos, é mais perceptível à nossa intelecção do que aos nossos sentidos.  

Por outro lado, como conduta cristã, mais distante, portanto, do campo da compreensão científica, e mais próximo do campo da Filosofia e da Religião, o Espiritismo nos propõe a “sintonia” com a Paz, com a elevação dos sentimentos e com o movimento caritativo em direção ao próximo, de modo a estabelecermos uma melhor relação intra e interpessoal, na “frequência” da humildade, da indulgência e do Amor não personalista – imenso desafio, diga-se de passagem.

Nessa busca de afinar as disposições de nossos pensamentos com as propostas superiores de ação, um universo de possibilidades vai sendo revelado a nós, aprendizes da espiritualidade, que encontraremos oportunidade de servir aos trabalhos do bem dentro daquilo que geralmente está em maior conformidade com nossas aptidões e gostos. Aqui é uma irmã que faz crochê para vestir criancinhas, ali um irmão que prepara a sopa fraterna, mais adiante o preletor que instrui, tendo ao seu lado a artista que sensibiliza e eleva. Todos trabalhando na imensa orquestra do Criador.

Entre tantos tarefeiros movidos pelo ideal do Bem e do Discernimento, do Respeito e da Fraternidade, há lugar também ao Esperanto, servindo na divulgação não somente da doutrina espírita e do Evangelho de Jesus, mas do próprio Esperanto, expressão também do Evangelho, quando assinala a importância do respeito ao próximo naquilo que para ele é extremamente relevante, hoje, na condição de encarnado - que é sua identidade linguística e cultural. Nesse sentido, Evangelho, Esperanto e Espiritismo compartilham a mesma frequência e sintonia, propondo uma vibração elevada de entendimento do Bem.  

Então deixamos a pergunta: se o Esperanto é citado em tantas obras espíritas por orientadores espirituais tão dignos de respeito, não teria ele também importante papel no campo de atividades que se desenvolvem sob a tutela do Espiritismo?  

Da revista eletrônica O Consolador

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Ei aí? Que você achou? Comente aqui!